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Amor

O maior mandamento é amar o maior amor. Amar é amar completamente, sem barreiras, sem limite, sem horizonte. É a capacidade de entrega total. De ser parte do universo, sentir a pulsação do universo no mesmo ritmo do coração.

Nas veias, no sangue correndo, na respiração profunda e tranquila, nos olhos vendo o mundo com calma, na paz que sobe do mais escondido dentro de nós e se irradia pelo corpo e pela alma, pela carne e pelo além da carne.

No amor não há certo e errado porque o próprio sentimento anula a possibilidade do erro. O amor redime o erro, o amor não aceita o pecado, o amor se impõe pela sua pureza como uma força geradora de vibrações positivas.

Força que se reparte em diferentes formas de amor, não na essência, mas na exteriorização. O amor é único, mas não se confunde, nem permite confusão. Como o ser humano é diverso e suas relações acompanham sua diversidade em diferentes planos, o amor se materializa de diferentes formas, levando em conta seu objeto e sua finalidade.

O amor do homem pela mulher é diferente do amor do homem pelo homem ou da mulher pela mulher, sem que isso implique em escala de intensidade. A intensidade pode ser a mesma, mas a exteriorização da forma de amar não se confunde. Cada uma é uma e se completa dentro dela mesma.

Eu te amo porque você é a mulher da minha vida. Eu te amo porque você é meu filho ou minha filha. Eu te amo porque você é minha mãe. Eu te amo porque você é meu pai. Eu te amo porque você é meu amigo ou minha amiga. Eu te amo porque o sentimento que nos liga é o amor. O amor profundo, sem definição em palavras, mas claro e transparente na maneira de sentir. De repartir, de estender a mão e receber a outra mão que se estende em nossa direção. De aceitar o pedaço de pão que ela nos entrega e repartir a nossa água porque a água e o pão são o alimento do corpo, mas o amor é o alimento da vida.

O amor solta os sonhos. O amor constrói realidades. O amor ergue pontes e une as pessoas com uma argamassa mais resistente que o aço, mais dura que o diamante, mais brilhante do que o sol.

Amar é ser dia e ser noite, aceitar o ritmo do tempo na eternidade do universo. Amar é ser começo e fim, onde o fim reencontra o começo para a perpetuação da vida. Amar é, acima de tudo, fazer parte do mistério de Deus.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.