Quando tudo complica
Quando tudo complica, é óbvio que fica feio. Não tem como ser diferente. E a prova viva pode ser vista nas ruas de São Paulo, ao longo da temporada de chuvas.
Como é sabido, as chuvas de verão não ajudam em nada a vida da cidade. Pelo contrário, podendo atrapalhar, atrapalham. O resto é poesia.
Quando, dentro de um quadro ruim, alguém faz força para ficar pior, é evidente que piora, ou tem grande chance de piorar.
E para completar o quadro, se alguém atrapalha, então, a perfeição fica mais próxima: o caos se materializa, transforma a vida e leva os seres humanos à loucura.
Na prática isso não aconteceria? As variáveis são amplas demais para permitir a conjunção dos fatores necessários à sua ocorrência?
Não se iluda. A Lei de Murphy está aí para provar que o impossível acontece e causando o maior dano possível.
Você está se esquecendo da realidade. Deixando de lado o dia a dia para se entregar à ilusão das férias e que o mundo é constantemente assim. Não é. O mundo não é bom. As tragédias acontecem. As pessoas morrem estupidamente, muitas vezes sem saber por que.
No caso, o caos se materializa chuva depois de chuva. Ano após ano, durante as tempestades de verão, já faz muito tempo. Com o fenômeno se agravando nos últimos anos, por conta de três variáveis dramáticas: o aumento da malha viária, do número de motoristas e da incompetência de quem deveria ser competente.
Quando a chuva não ajuda, os motoristas abusam e a CET atrapalha, não tem como, o resultado é um só: o trânsito para. A você resta rezar.