O ônibus e as bicicletas
Muito antes de bicicleta virar moda, eu já pedalava pelas ruas de São Paulo. Não que pensasse na bicicleta como meio de transporte, eu pedalava para fazer meu exercício físico, como faço até hoje, pedalando pelo menos duas vezes por semana.
Bicicleta numa cidade com as características de São Paulo pode ser uma delícia ou um perigo. Depende de uma série de comos e o quês. Mas, como cada um sabe de si, quem sou eu para dizer o certo e o errado.
De qualquer forma, algumas dicas não fazem mal, nem precisam ser interpretadas como vontade de dar palpite na vida do outro.
A dica óbvia é pedale pelas ruas de pouco movimento. Procure alternativas com pouco trânsito e de preferência sem ônibus.
Os ônibus são um capítulo à parte. Eles são os verdadeiros inimigos dos ciclistas.
As razões para isso variam, mas todas têm potencial para causar um acidente ruim para quem está na bicicleta.
Começando pela fatalidade, os ônibus são grandes e altos, por isso nem sempre o motorista consegue ver o ciclista pedalando ao seu lado. E a situação complica quando o ciclista vem de trás, pedalando pela direita do ônibus. Aí ele não vê mesmo.
Também existem os motoristas que não respeitam a faixa da direita e gostam de andar com seus enormes pães de forma pela pista da esquerda, normalmente em excesso de velocidade. Ele não quer fazer mal ao ciclista, mas não tem o menor cuidado em evitar um acidente.
Finalmente, é triste, mas tem o motorista mau. O sujeito que deliberadamente aperta a bicicleta para ver o ciclista passar uma saia justa. Este é um criminoso e matar para ele, dá no mesmo. Ainda mais tendo a vantagem de dizer que não viu o ciclista.