O Coronavírus chegou
Depois de tomar a China de assalto, o coronavírus se espalhou pelo mundo e hoje não tem nenhum continente em que o novo vírus não esteja presente. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a ter casos confirmados; depois, foi a vez do México. E, na sequência, a África, último continente a ser assaltado pela nova pandemia, informou que a Nigéria também tinha seu doente contaminado por ele.
Se, logo após seu surgimento, a evolução na China foi rápida e no resto do mundo lenta, as coisas se inverteram. Enquanto o ritmo da propagação na China diminui, nos outros países o vírus ganha velocidade.
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Ninguém sabe a extensão do que vai acontecer, mas o coronavírus, além de atacar as pessoas, está causando estragos na economia, tanto que a OCDE já reviu seus cálculos para diminuir a previsão de crescimento da economia mundial. E, pelo andar da carruagem, pode ser que a diminuição seja revista, para reduzir ainda mais o índice de crescimento em 2020.
Muito embora as medidas adotadas pelo governo brasileiro sejam adequadas para enfrentar o coronavírus, ainda é cedo para se ter uma ideia clara de como ele vai se desenvolver por aqui. De toda forma, o impacto negativo na economia é certo, ainda mais porque temos na China e nos Estados Unidos, onde o vírus vai ganhando força, nossos principais parceiros comerciais.
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Quanto ao vírus em si, ao que parece, a taxa de letalidade é baixa, ao redor de 3%, o que é muito menos do que a taxa de mortalidade da dengue. E, apesar de não nos darmos conta, somos campeões mundiais de dengue.
Ninguém está dizendo que o coronavírus não é uma ameaça séria, mas, diante de dengue, chicungunha, febre amarela, sarampo, hanseníase, falta de saneamento, saúde pública sucateada e violência, ele é só mais um problema e tem tudo para não ser o mais grave.
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