O Museu do Ipiranga
Eu tenho um carinho todo especial pelo Museu do Ipiranga. A razão é simples: ele foi o primeiro museu que eu fui. Ou pelo menos o primeiro que eu me lembro de ter ido.
Menino ainda, minha mãe me levou lá mais de uma vez. Em todas elas eu ficava impressionado com uma múmia que parece que saiu de lá e com uma bela coleção de armas, que continua firme, exposta aos visitantes.
Também gostava do quadro do “Grito”, imenso, pendurado em destaque, mostrando D. Pedro I, heroico, de espada erguida, separando o Brasil de Portugal.
Depois, cresci, mas continuei ainda que mais raramente, visitando o museu. Nessa fase, o que me impressionava era a imensa maquete da vila de São Paulo, feita com detalhes impressionantes, que, até hoje, quando vou lá, me atraem para vê-la, quase que numa volta no tempo, como se eu vivesse naquela época e morasse em São Paulo.
Seguindo os passos de minha mãe, levei minhas filhas, quando ainda eram meninas, conhecerem o museu e passearem pelo parque da Independência, vendo os jardins europeus criarem a perspectiva para o grande monumento que comemora a independência.
Faz tempo que não entro no antigo prédio, construído com o dinheiro de uma loteria especial para a criação do museu.
Na vida corrida de hoje, passo ao seu lado, ou próximo dele, normalmente trabalhando ou saindo de viagem para o litoral.
Tanto faz, em todas elas me bate uma saudade gostosa de quando ia lá com minha mãe e depois visitávamos alguns antiquários próximos, onde eu comprava velhas armas da guerra do Paraguai.
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