Nos céus de São Paulo
O céu paulistano é incrível. Primeiro pela cor, ou melhor, pelas cores fascinantes que ele adquire, dependendo da hora do dia ou da noite. Do laranja mais profundo, ao azul mais escuro, passando por todas as variações de cinza, o céu da cidade é uma permanente surpresa para quem olha para cima e procura nele um pouco da poesia que a terra esqueceu.
Mas quem sabe mais fantástico do que as cores com que o céu se veste, são os objetos e animais que sobrevoam a cidade, cortando o céu como os cometas atravessando o cosmos.
Não é raro os helicópteros darem o ar de sua graça – que na terra é uma desgraça, com as turbinas infernizando os ouvidos das pessoas obrigadas a atura-los como se por cortarem o céu fossem, também, os donos da cidade.
Eu sei que parte deles está trabalhando e prestando bons serviços para a população, mas, confesso que dá uma vontade danada de arrumar um míssil antiaéreo e meter um abaixo, se não for por nada, para servir de exemplo para os outros respeitarem mais a vida de quem está embaixo e não tem nada com isso.
Mas se os helicópteros têm seu lugar garantido, os aviões de todos os tamanhos são as peças básicas do mosaico voador que atravessa o céu em todas as direções.
São máquinas de todos os tamanho, impulsionadas por todos os tipos de motores, uma mais bonita que a outra.
Só que além deles, como que para marcar presença, o céu de São Paulo tem também as aves mais variadas, voando só ou em bandos. E entre elas, as mais belas, pasmem, no voo planado, são os urubus.
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