Lembranças de outras férias
As férias de verão são um marco na vida de qualquer menino. Não há quem não se lembre de umas férias distantes, mas viva na memória, por conta de um pequeno detalhe ou de uma grande aventura.
Eu me lembro de vários acidentes mais ou menos sérios, acontecidos em diferentes férias. Uma vez capotei de charrete. Eu e meu primo Ruizito insistimos com uma égua mal domada e o resultado não foi bom para a charrete, para os arreios, e, principalmente, para nós.
Também poderia contar de quando dormimos acampados no gramado da fazenda, ou de passeios a cavalo que saiam de Louveira e chegavam em Itupeva, Souzas ou Itatiba.
São lembranças quentes e gostosas, que voltam de tempos em tempos. De um jeito especial, dão sentido à vida e explicam muita coisa que foi acontecendo ao longo do caminho.
Mas existem outras lembranças que eu chamaria, por graça, de gustativas porque a palavra é muito feia.
Quem experimentou o sorvete da Sorveteria Guarujá com certeza não se esquece dele.
Da mesma forma, me lembro do sanduiche de queijo e mortadela, com uma crush gelada, do Bar do Dito Cruz em Louveira.
E me lembro das viagens para fazenda meu avô Orlando, em Amparo. Íamos de trem até Campinas e lá meu avô nos buscava com seu Ford 1937.
Parte da estrada era de terra. E a fazenda não tinha luz elétrica.
Invariavelmente, ele parava num bar em Pedreira e, sonho dos sonhos, eu tomava uma “maçanzinha”. Só quem tomou maçanzinha na infância sabe o que é isso. É lembrança boa pra vida inteira.
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