Economize água

A temporada da seca chegou e o verão não foi suficiente para restabelecer o nível dos reservatórios de São Paulo. Quer dizer, corremos o risco de ter outra crise hídrica porque as grandes represas que abastecem o estado estão com seus níveis abaixo do que seria o ponto de segurança.

Como até começo de outubro as chuvas são tradicionalmente escassas, e este ano não tem nenhuma razão para ser diferente, nos próximos meses vai chover pouco e os reservatórios continuarão fornecendo água, com a saída muito maior do que a entrada.

O nível do Cantareira, que é o maior fornecedor de água para a Grande São Paulo, está num patamar preocupante e os outros reservatórios do estado, com raras exceções, basicamente reservatórios menores, também não estão cheios ou perto disto.

Vai faltar água? Provavelmente, não. Mas é hora de cada um de nós fazer sua parte, não desperdiçar, seja lá pela razão que for, desde o antigo hábito de se escovar os dentes com a torneira aberta até lavar carro ou jardim usando o esguicho completamente aberto.

Não é hora de fazer graça, nem de se achar melhor do que os outros. Não há razão para uma única pessoa pensar assim, até porque, se um pensa, vários outros também podem pensar e o quadro, que não está bom, ficará ainda pior.

É hora de ser solidário, de pensar no bem comum. Se a pandemia nos ensinou algo é que a solidariedade faz a diferença e, se somos solidários diante das ameaças que rondam o Brasil, não há razão para não estendermos esta solidariedade para a economia de água.

Diz a propaganda que sabendo usar não vai faltar. É verdade. Ninguém quer implantar um racionamento de caravana atravessando o Saara, mas juízo e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

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