Meio ambiente
O tema meio ambiente é mais ou menos antigo. Em 1978 fui para a Alemanha fazer uma especialização em “Implantação de Indústrias e Preservação do Meio Ambiente”. Foi um programa maravilhoso, com passagem por Berlim Ocidental, o grosso do curso em Hamburgo, depois Colônia e o Instituto de Preservação do Meio Ambiente da Universidade de Dortmund. Foi pouco mais de um ano intenso e revelador, especialmente para um aluno latino-americano, pouco afeito às questões relacionadas ao tema que então começavam a pipocar na Europa.
No Brasil, mal e mal engatinhávamos: em São Paulo, a Secretaria dos Negócios Metropolitanos fazia o zoneamento da região; em Brasília, o Congresso votava a Lei Otto Cirilo Lemann, que regulou a ocupação do solo no país; no Rio Grande do Sul, surgiam algumas ações com foco no meio ambiente; no país como um todo, o tema era desconhecido ou não era levado a sério. A voz solitária clamando no deserto era Paulo Nogueira Neto, que viria a ser o Secretário do Meio Ambiente da Presidência da República, nosso primeiro Ministro do Meio Ambiente.
Mas o Brasil não era exceção. Se a sociedade começava a se organizar e os partidos “verdes” e as ONG’s ganhavam corpo no mundo, muitos governos faziam que não era com eles. E até há pouco tempo foi assim.
Meio Ambiente para boa parte das nações do mundo era tão pouco importante quanto Café Filho ou Carlos Luz para a história política nacional.
Quem sabe Amílcar fosse tão pouco lembrado quanto o tema, apesar da Rio 92 ser um marco e outras ações terem resultados positivos.
Agora, o meio ambiente é a bola da vez e o Brasil está feio na foto. Merecida ou imerecidamente. O fato é que o Governo Federal está jogando pela janela uma imagem positiva construída com muito trabalho e ações concretas. É mais do que tempo de resgatarmos o nosso lado bom.
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