50 Anos de CPOR
Em 1971, eu e um grupo de mais quarenta e nove jovens fomos convocados para o serviço militar e fomos cursar o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), na arma de Artilharia.
Foi um período mágico que até hoje nos reúne ao menos uma vez por ano. A amizade nascida no quartel se prolongou no tempo e resiste firme e forte até os dias de hoje, construída em cima de ordem unida e pernoites em Santana, acampamentos na Cadinha, Quitaúna e Três Corações, tiros de obus 105 milímetros, tiros de mosquetão, muito suor, chuva, lama, algum sangue e muita risada, fruto das situações mais inusitadas.
O comandante do curso de Artilharia era o Major Winter, um dos homens mais fortes que eu conheci e com a rudeza proporcional à sua força. Os demais oficiais eram o Capitão Molinari, Capitão Agostini, Capitão Azambuja, Capitão Albuquerque e o Tenente Milton, depois promovido a capitão.
O Capitão Albuquerque fez uma bela carreira e chegou a Comandante do Exército Brasileiro, o que não é pouca coisa, mas não perdeu o antigo laço com nossa turma e, quando foi convidado, compareceu ao nosso jantar de fim de ano.
Foi um ano muito especial, com aventuras que até hoje nos fazem rir, mas que não precisam ser espalhadas aos quatro ventos, porque algumas com certeza ficam melhores apenas nas nossas lembranças.
Em 1971, a Artilharia ganhou o troféu Correa Lima, as olímpiadas internas do CPOR, e nosso colega Andor foi o primeiro colocado entre todos os alunos de todas as armas.
Agora estamos comemorando 50 anos de formados. É muito tempo, mas, meio século depois, com alguns tenentes já tendo partido, seguimos em frente, unidos pela amizade de sempre.
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