Tem muita gente boa
O Brasil corre solto nas mãos de gente da pior espécie, muito mais interessada no próprio umbigo do que no bem comum, numa sociedade mais justa e igual, com chances para todos, saúde, educação e trabalho dignos, capazes de gerar uma sociedade dinâmica e moderna, baseada na meritocracia e não no apavorante “sabe com quem está falando”.
Não estou falando com ninguém diferente de qualquer um de nós. Somos todos brasileiros e as diferenças devem fazer parte da sociedade, não como um divisor de águas, mas como características seminais de uma sociedade igualitária e democrática, baseada nas mesmas chances de competição e sucesso e não na enorme desigualdade que hoje é nossa marca registrada.
Um aluno de escola pública tem muito menos chances de ingressar numa universidade de ponta do que um aluno de escola particular. A diferença começa na qualidade do ensino ministrado numa e noutra instituição. Não porque os professores de uma sejam mais competentes do que os da outra, mas porque os professores da escola particular têm mais recursos para aprimorarem sua formação, além de contarem com equipamento e material didático de outra categoria.
Eu sei que em nenhum lugar do mundo a competição se dá exatamente com as mesmas possibilidades, mas, enquanto aqui ela acontece em níveis diferentes, nos países mais bem sucedidos ela se dá em níveis semelhantes.
E é aí que milhares de pessoas que fazem acontecer fazem a diferença. É gente disposta a arregaçar as mangas e lutar para dar mais para quem tem menos, reduzir o buraco e permitir que os menos favorecidos possam chegar lá. É gente que divide sua vitória em prol dos brasileiros que têm menos. Obrigado a cada um pelo esforço e pela entrega.
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