Maio amarelo deveria ser todo mês
Maio acabou e, com ele, o movimento Maio Amarelo. O Maio Amarelo é um movimento de conscientização para as mazelas do trânsito brasileiro. Este ano, quem sabe em função de todos os desmandos que correm soltos pela pátria amada, o movimento teve pouca visibilidade.
Não se falou muito sobre este assassino feroz e cruel que todos os anos ceifa as esperanças de dezenas de milhares de pessoas, vítimas diretas e indiretas das quase quarenta mil mortes, pra não falar nas centenas de milhares de pessoas que ficam inválidas.
É incrível, mas o Maio Amarelo veio, viu e foi embora, sem chamar muito a atenção, sem levantar debates calorosos sobre as medidas que podem e devem ser adotadas para coibir o número absurdo de acidentes de trânsito que mancham a felicidade de parte do Brasil.
Os acidentes de trânsito matam mais do que a dengue, do que o sarampo, a chicungunha e mais um monte de doenças que matam com vontade no país.
Mas é uma epidemia com pouca chance de cura porque a vacina que deveria ser aplicada invariavelmente é usada em favor do causador do mal e não em favor da sociedade e das vítimas.
É espantoso, mas a Justiça é leniente com os causadores de acidentes de trânsito, especialmente os que participam de rachas e os que dirigem embriagados.
O Maio Amarelo só será efetivo no dia em que todos os dias de todos os meses trouxerem a mensagem do Maio Amarelo. O trânsito não pode ser uma arma, não pode causar mais danos do que uma metralhadora.
No mundo todo a violência no trânsito é brutal, mas aqui é pior e ainda por cima o governo acabou com o único seguro que garantia indenização para as vítimas mais carentes.
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