Que país você quer?
Que país você quer para você e para seus netos? O Brasil é uma terra abençoada, com um território enorme e deslumbrante. Como escreveu Caminha, “em se plantando tudo dá”, o problema é a pouca saúde e a muita saúva, listadas por Macunaíma, explicando o porquê da vaca sempre acabar no brejo.
Todo mundo sabe, ou deveria saber, se fosse possível, que com saúde e educação é relativamente fácil colocar ordem na casa. O problema é que entre nossos “caciques”, ninguém à direita ou à esquerda e muito pouca gente no centro quer mudar alguma coisa.
Se mudar eles não se elegem nunca mais. Não tem como um país saudável e alfabetizado votar na maioria dos nossos homens públicos. E os homens públicos sabem disso, então, de braços dados com a religião, se empenham em manter a miséria. Afinal, com miséria é fácil fazer promessa e mais fácil ainda gritar “milagre”.
Política não é moral ou imoral. Como dizia Winston Churchill, política é amoral, daí as máximas de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves: “em eleição a única coisa feia é perder” e “em política só bobo briga”.
Nós estamos na boca de uma nova eleição, mais uma chance de mudar o que está aí. E a mudança depende do eleitor.
É verdade, quem escolhe quem serão os candidatos são os partidos e o que eles colocam na nossa frente não é propriamente engrandecedor.
Mas tem gente boa, tem muita gente boa que, se for eleita, vai começar a jogar duro para mudar o quadro. Pense nisso, você pode escolher quem vai ser seu candidato e quem será eleito. Não é necessariamente verdade que tanto faz, que todos são iguais. Não é por aí.
Ao contrário, você pode ajudar escolhendo propostas que mudem o Brasil. Que façam o nosso país um lugar mais justo e menos desigual.
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