Uma coisa é uma coisa
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. O professor mandou e a gente acabemos fondo, porque comigo ou sem migo, o negócio é entrar em campo e ganhar.
O Brasil tem grandes jogadores de futebol, alguns dos melhores do mundo, que brilham nos clubes onde jogam, mas não jogam nos times brasileiros.
Ao contrário dos grandes craques nacionais, os times brasileiros são medíocres e isso falado em dia de otimismo, com céu azul e por do sol prometendo.
Em dia comum, o retrato é bem pior. O Brasil tem poucos times bons, alguns times medíocres e muitos times ruins, sem compromisso com nada a não ser dar um jeito de se aguentar na primeira divisão.
Estão tentando colocar ordem na casa, mas não tem nada, com base no passado, que diga que isso vai acontecer. As divergências entre os cartolas não amainaram, então tem tudo para começar bem e acabar mal.
De outro lado, tem gente disposta a investir nos times brasileiros e aí, com certeza, o exemplo de Ronaldo Fenômeno tem tudo para frutificar e em alguns anos nossos times de futebol passarem para o patamar dos nossos craques.
A missão não é fácil e vai além de simplesmente colocar uma gestão competente para cuidar da fera. O buraco é mais embaixo. Precisa mexer na estrutura viciada do futebol, profissionalizar a gestão, criar regras éticas mensuráveis e com punições rigorosas para quem infringi-las.
Isso não é fácil. Já tentaram no passado e não deu certo. Foi mais ou menos que nem as medidas para sanear nossos quadros políticos. Em pouco tempo invertem tudo, o bom acaba ruim e o ruim ocupa o lugar do bom. Mas é hora de arrumar a casa. O torcedor brasileiro merece.
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