200 anos de Independência

Hoje o Brasil comemora os duzentos anos de independência de Portugal. Numa prova de amizade e proximidade, Portugal enviou o coração de D. Pedro I para ficar exposto durante as comemorações da data.

A independência do Brasil foi detalhadamente planejada e orquestrada, seguindo um roteiro desenvolvido pelo Príncipe D. Pedro, sua esposa, D. Leopoldina, e José Bonifácio de Andrada e Silva, assessorados por outros personagens que tiveram papel fundamental na análise dos fatos, no aconselhamento do Príncipe e nas ações que levaram à separação.

O “grito da independência” foi planejado e montado pelo Príncipe Regente, depois de receber o segundo pacote de cartas enviadas do Rio.

De verdade, de acordo com o relato de testemunhas, foram dois gritos de independência: o primeiro em São Caetano e o segundo, que entrou para a história, coreografado pelo Príncipe, quando a comitiva já estava em São Paulo, atravessando a região do Ipiranga.

Ao contrário do que se tenta vender, D. Pedro estava longe de ser um incompetente mais preocupado com suas aventuras amorosas. O primeiro imperador do Brasil era um homem com formação humanista sofisticada, que falava vários idiomas, tocava vários instrumentos musicais, era um grande compositor e um melhor ainda político e estrategista.

Ele e José Bonifácio transformaram um enorme território mais ou menos coeso numa nação estruturada, baseada em fundamentos sólidos que até hoje são a alma da nação e viabilizam o Brasil.

O processo de criação da nação foi rápido, algumas vezes violento e baseado nas mais modernas teorias políticas da época, que geraram uma nação com poucos problemas étnicos, livre de ações separatistas e, dentro do que se vê no mundo, com um dos menores índices de racismo e intolerância. Grande parte disso o Brasil deve a D. Pedro I.

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