Muito foi feito, mas precisa muito mais
O Brasil é uma nação independente há duzentos anos. Ao longo desses dois séculos, o país mudou de cara, saltou de um estado escravocrata para uma das principais nações, responsável por boa parte dos alimentos consumidos no mundo, com um parque industrial sofisticado, um comércio ativo, um sistema financeiro sólido e um setor de serviços pujante. Todavia, há muito a ser feito.
O Brasil já se aproximou várias vezes da porta de entrada do mundo desenvolvido, mas, sempre que chegamos lá, alguém atrapalhou e acabamos ficando de fora, ainda por cima, invariavelmente, com uma crise severa para atrapalhar o recomeço. É olhar o que estamos vivendo para não se ter dúvida. E as perspectivas neste momento não são animadoras.
A campanha política tenta resgatar o governo Dilma, mas ela foi a responsável por jogar a herança do padrinho no lixo e a nação numa das mais severas crises da história. Em vez de entrar no primeiro mundo, entramos num novo pesadelo, que, quando ameaçava acabar, foi turbinado pelo governo atual e sua incompetência e falta de plano para o país.
Mas isso são detalhes que o tempo corrige. Pode levar mais um ano, menos um ano, eles serão esquecidos e o Brasil seguirá sua marcha, que, feitas as contas, é altamente positiva quando comparada com grande parte do mundo.
De uma nação com mais de 80% de analfabetos, nos tornamos sede das principais universidades da América do Sul. Nossos hospitais são referência internacional em várias áreas da medicina. A Previdência Social funciona e a nação tem forte base democrática.
Não é pouco, só que precisa mais. Temos uma enorme desigualdade social, milhões de pessoas vulneráveis à fome, outros milhões próximos da linha da miséria. Isto precisa mudar, cabe a nós promover a mudança.
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