O canteiro do Pedroso
[Crônica do dia 13 de fevereiro de 2009]
Sabe-se lá em nome do que, a prefeitura decidiu construir um canteiro mais ou menos no meio da Pedroso de Moraes, entre a FENAC e a esquina da Rua Cardeal Arcoverde. As razões que deram origem ao novo incentivador do caos não são claras, exceto se for a proverbial incompetência que pauta boa parte das ações pública brasileiras.
O resultado prático do desastre é que a avenida ficou mais estreita e neste pedaço ainda por cima criou uma enorme confusão, já que o motorista não sabe aonde aquela linguiça vai dar, nem para que serve, ou por que foi construída.
Ela simplesmente está lá. Com meia dúzia de árvores plantadas no que deveria ser um canteiro, mas que parece mais qualquer outra coisa, a começar por uma obra inútil, mal planejada e sem sentido, a não ser que haja algum sentido secreto que não pode ser revelado ao contribuinte.
O fato é que você vem do Alto de Pinheiros e de repente dá com a aberração na sua frente. O que fazer, para onde ir, que pista tomar?
Quem não conhece estressa, apavora, fica perdido, aumenta o congestionamento e a chance de mais batidas.
O curioso é que o canteiro foi feito mais para lá do que para cá. Quer dizer, ele não é no meio da avenida, não, ele fica mais para a esquerda, criando uma faixa estreita que acaba tento uma única pista, quase encostada na calçada esquerda de quem segue pela rua em direção a Rebouças. Mas ele se estende apenas por pouco mais de um quarteirão.
As razões da obra são aquelas que a própria razão desconhece, mas servem para tumultuar um pouco mais o transito caótico do pedaço. Será que um mínimo de bom senso é pedir muito?
___
Siga nosso podcast para receber minhas crônicas diariamente. Disponível nas principais plataformas: Spotify, Google Podcast e outras.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.