Natal de 2007
[Crônica do dia 25 de dezembro de 2007]
O Natal é o reencontro com a esperança. No nascimento do Menino Jesus o mundo redescobre o bom, o belo, a generosidade.
A vida se veste de festa, ainda que na gruta os personagens fossem pobres e só os reis Magos trouxessem presentes caros. Ouro, incenso e mirra.
Natal. Há mais de 2000 anos os homens de bem e os que não são bons, se curvam diante das incertezas da vida para num ritual singelo honrarem a família.
O nascimento do Cristo é em essência a festa da família, dos valores mais simples e mais profundos que unem as pessoas por gerações e gerações, independentemente de brigas e desavenças, fazendo da família célula básica de qualquer sociedade.
O nascimento do Cristo refaz os laços esgarçados durante o ano. Neste dia as palavras devem ser de afeto e carinho, como o brilho dos olhos.
Ninguém tem o direito de atrapalhar o Natal e sua celebração. A festa é grande demais para permitir a interferência humana.
Cada rito e cada gesto têm um significado próprio que identifica quem o pratica entre todos os outros, fazendo de cada interferência um momento único, de um único ser humano, longe da influência das religiões e dos ódios criados em nome delas.
O Natal é o reencontro de cada um de nós com a coletividade, com o gênero humano do qual sempre fomos parte.
Que cada vela acesa represente a esperança de um mundo melhor, mais manso e mais belo, como o mundo prometido por Jesus. Que em cada coração o brilho da chama reviva, quente como um abraço.
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