Quiabos, nhoques e a verdade do mundo

Pode parecer incrível, mas tem quem não goste de pastel de queijo. Eu entendo, como entendo quem não gosta de pizza de muçarela. Cada um é cada um e sabe dos seus gostos. Ninguém tem nada com isso. Se José gosta de beber vinho francês com refrigerante gelado quem é que pode dizer se está certo ou errado? E se João gosta de banana com pimenta, quem gosta é ele, quem come é ele, ninguém tem nada com isso.

É a tal da liberdade. O livre arbítrio permitido e protegido pelas democracias. E ele faz toda a diferença porque permite que cada um, até o limite da liberdade do outro, faça o que tiver vontade de fazer. O problema é dele e, se alguém tem alguma coisa contra, o problema não é dele. Quem faz não tem nada com isso.

Eu, por exemplo, não gosto de jiló, não gosto de quiabo, não gosto de bife de fígado. Em compensação, gosto de pastel de queijo, rocambole e torta de maçã.

Como, nas palavras de William Scott Pitt, o grande filósofo saído das brumas, “você pra mim é problema seu”, eu como pastel, me empanturro de rocambole e repito torta de maçã.

Em compensação, não tenho objeções contra gostarem de jiló, quiabo ou bife de fígado e se alguém pedir um deles na minha frente, não vou ficar incomodado, nem considerar um ato de selvageria. Nada disso! Afinal, cada um é cada um e todos merecem todo o respeito do mundo, independentemente de qualquer independentemente ou objeção.

A vida é feita de escolhas e cada escolha representa uma perda. Você escolhe e ao mesmo tempo abre mão. Não tem como ser diferente, seja no amor, no jogo, nos negócios e até na hora da morte.

Todos são de alguma forma inteligentes, bonitos, interessantes. Então, o que cada um gosta não dá o direito de julgar o que cada um é