Verão

[Crônica do dia 4 de fevereiro de 2008]

O verão é a estação do calor escaldante, da cerveja gelada e das mulheres com pouca roupa. É também a época do carnaval o que deixa a cidade menos tensa e mais amiga, motivada pelas pessoas menos estressadas, atrás de um chope gelado nos finais de tarde.

No verão tudo fica mais fácil. Até trabalhar, movido pela certeza da festa no final da tarde fica mais fácil.

Tem gente que acha que não, mas é só para implicar. Para entrar no clima de brincadeira que é a alma do negócio neste mês abençoado em que até o rodízio pode ser suspenso sem abalo maior para o inferno de nossas ruas.

É verdade que nem tudo é perfeito e que nesta época que as chuvas causam sua cota de estragos, alguns realmente pesados, nas mais variadas partes da cidade.

As tempestades de verão não perdoam, matam, quebram, inundam, arrastam. Nelas a vida é um pedaço de pano balançando no vento. Ninguém sabe se fica ou se vai, num átimo inesperado, criado pelo vento.

Mas as tempestades não são a regra. Elas vêm e vão, até que com certa frequência, mas os finais de tarde com pôr do sol se impõem sobre as chuvas torrenciais e isso é bom para o ânimo das pessoas, para o humor da cidade e para a felicidade geral do povo.

Belo colarinho, meu. Chope bem tirado é outra coisa. Saúde e que os deuses lhe deem vários outros, um mais gelado que o outro, por todas as tardes de verão, amém.

Que a vida, nestes dias pegue leve. Que seja uma brincadeira ou a lembrança das brincadeiras que enchiam nossas tardes, nas férias das saudades. Bem-aventurado verão, quando as ruas ficam mais vazias.

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