A ponte reparada

Faz pouco tempo, escrevi uma crônica falando das obras de recapeamento da Ponte Ari Torres. Alertava que, apesar da pompa e da circunstância da obra, ela pecava porque deixou alguns buracos que evidentemente cresceriam com o tráfego pesado que passa sobre a ponte todos os dias.

A prefeitura não poderia aceitar a obra como estava e ela estava quase pronta, no ponto para ser entregue, com os buracos marcando o asfalto novo, justamente em locais onde não foram corretamente reparados, por conta do trabalho mal feito.

Quem paga os consertos e as obras realizadas na cidade é o cidadão. A grana não nasce em árvore, nem cai do céu em noites de tempestades anômalas. Não, ela sai dos impostos que compõem o orçamento do município e deve ser usada com o máximo de discernimento para maximizar o bem-estar da população.

Cada vez que uma obra mal executada é entregue, alguém está levando vantagem em cima da prefeitura.

E não é preciso andar muito para encontrar obras mal executadas em todos os cantos da cidade. Foi isso que me fez escrever sobre os buracos deixados na Ponte Ari Torres. Era obra demais para ser entregue manca, com buracos prontos para desfazer o que havia sido feito.

Não sei se vocês passaram pela ponte recentemente, mas, se passaram, perceberam que os buracos foram tapados, os manchões de asfalto estão lá protegendo a estrutura.

Não vem ao caso como, mas eu sei que a ordem partiu do prefeito. Sabendo que os buracos poderiam prejudicar o trabalho, ele entrou no jogo e ordenou que as providências fossem tomadas. Pena que o prefeito não tenha como agir em todos os casos em que a cidade é prejudicada.

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