Primeiras-damas
Ao contrário do que muita gente pensa, ser primeira-dama requer muito mais competência do que pode parecer. O cargo não é para qualquer uma, nem aqui, nem em qualquer lugar do mundo. Uma primeira-dama que desempenha bem seu papel pode ser a melhor parceira do presidente, que o digam Jaqueline Kennedy ou Carla Bruni, que, posando nua, cantando e sendo uma figura controversa, foi a grande companheira e uma peça de força fundamental para a popularidade do governo Sarkozy.
Ser uma grande primeira-dama não é falar ou ficar quieta na hora que quiser, nem caminhar um passo à frente, um passo ao lado ou um passo atrás do presidente. Nem ir a carnaval ou jogo de futebol. Ser primeira-dama exige noções mínimas de civilidade, civilização, educação, história, sociologia e compaixão. Daí, invariavelmente, as grandes primeiras-damas terem assessores profissionais para auxiliá-las nas mais diversas situações, até porque ninguém sabe tudo, especialmente numa posição dessas.
O Brasil teve algumas grandes primeiras-damas, exemplos de como fazer para fazer sua parte da melhor maneira e com o máximo de eficiência e assim cumprir seu papel oficial e ser importante para o governo do marido.
Entre elas, no passado recente, merecem destaque especial pelas qualidades que as fizeram brilhar dentro da discrição que o cargo exige, D. Ruth Cardoso, D. Mariza Lula da Silva e D. Marcela Temer.
E se quiserem uma primeira-dama estadual, São Paulo pode se orgulhar da esposa do atual Vice-Presidente da República. D. Lú Alkmin, sempre discreta, mas presente. Brilhou ao longo dos anos em que foi primeira-dama, sem jamais dar margem a uma crítica negativa.
Quer dizer que todas as outras foram de alguma forma inadequadas? Não, quer dizer que selecionei quatro mulheres extraordinárias que fizeram sua parte com competência porque o cargo não é para amadoras.
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