Socorro, estou sem internet!
O mundo moderno não gira sem a internet para facilitar as coisas, abrir caminhos, nos aproximar de Deus e dar todas as respostas, até aquelas que ninguém imagina que sejam possíveis.
E-mail, WhatsApp, Tik Tok, Facebook, a comunicação gira pela internet. Quem tem, tem; quem não tem, está fora do mundo e não sabe de nada, do falso e do verdadeiro.
Sem internet não tem fake news. Não tem invenção destruindo a vida das pessoas, não tem maldade gratuita, mas também não tem o lado bom, o que precisa funcionar porque salva vidas e diminui o sofrimento.
O Brasil é um país interessante no capítulo da internet também. As operadoras vendem uma capacidade que não entregam e o governo diz que é assim mesmo. Se é assim mesmo, por que não vendem certo e cobram pelo serviço efetivamente oferecido e entregue? Por que a não punição no caso de não entregar?
Se um padeiro vende um quilo de pão com oitocentos gramas ele será punido. Se um posto de combustível vende um litro de combustível com menos de um litro também será punido. Até um banco pode ser punido se vender uma coisa e entregar outra.
Então, por que as provedoras de internet podem vender o que quiserem e entregarem menos da metade do que vendem? Por que o governo e os órgãos de defesa do consumidor não agem rigorosamente, com multas que doam no caixa e afetem os balanços? Mais que isso, por que não processam penalmente os responsáveis pela propaganda enganosa, pelo estelionato ou outro crime, como formação de quadrilha?
João estava no meio de uma negociação que era a vida ou a morte de sua empresa. A internet caiu, ele perdeu o negócio e em seguida a empresa quebrou. Quem responde por isso?
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