Um museu especial

São Paulo é famosa pela vida cultural, pelos teatros, espetáculos, shows e museus. Pouca gente que vem pra cá não sabe que temos o Masp, o Museu do Ipiranga, a Pinacoteca do Estado, o MAM e o Mac. Mas São Paulo tem mais uma centena de outros museus, desde a Hospedaria dos Imigrantes até o Museu Afro e o Museu do Futebol.

Entre eles, um, menos conhecido, merece destaque todo especial. Em primeiro lugar pelo tema; em segundo, pela coleção riquíssima, que justifica a visita; e, em terceiro, pelo prédio onde está instalado.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo é uma preciosidade. Poucos lugares do mundo têm um museu dedicado ao tema com o acervo do museu paulistano e o local onde ele está instalado é único.

Ocupando um prédio colonial, integrado ao complexo do Convento da Luz, próximo à Igreja de Frei Galvão, só ele já vale a visita. Com suas paredes grossas, seu telhando de telhas “feitas nas coxas” e seu chão de tábuas largas, o edifício sozinho vale a visita de quem quer conhecer como eram as construções mais importantes da pequena Vila de São Paulo, no século 18.

Mas se o prédio por si vale a pena, a visita ao acervo vale mais ainda e justifica dedicar um dia para conhecê-lo. Quem não quer perder muito tempo pode inclusive juntar a visita ao Museu de Arte Sacra com a visita à Igreja de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, e ao Mosteiro da Luz.

O Museu de Arte Sacra fica em frente do conjunto da Pinacoteca do Estado, mas a Pinacoteca, muito maior, precisa de pelo menos um dia só para ela, então não dá para fazer os dois juntos.

O acervo do Museu de Arte Sacra é imbatível. Suas peças são o que tem de mais rico e expressivo da arte religiosa, especialmente as peças coloniais. Sem ser imenso, ele é muito rico. Vale a pena visitá-lo.    

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