Danilo Santos de Miranda

O Brasil perdeu um homem diferenciado, que vai fazer muito mais falta do que se imagina agora. A morte de Danilo Santos de Miranda, o diretor do SESC de São Paulo, abre um buraco inimaginável na cultura brasileira. Não apenas na cultura dita oficial, mas, principalmente, na cultura popular, na descoberta de novos talentos, de novos movimentos. E, mais importante, na oferta de espaço e suporte para sua consolidação e divulgação.

Eu conheci Danilo Santos de Miranda em 1987, quando fui nomeado pelo Presidente Abram Szajman diretor adjunto da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Ele já era o nome do Sesc, o homem que estava revolucionando o Sesc e dando para a população de São Paulo um Serviço Social do Comércio com um sentido novo.

Nessa empreitada Danilo Santos de Miranda, sem dúvida nenhuma, atingiu um grau de comprometimento com a cultura raro de ser visto em terras brasileiras. E isso dá a ele uma dimensão enorme, especialmente num país onde a educação e a cultura não têm um chamado tão forte.

Mas Danilo Santos de Miranda foi muito mais do que um mecenas das artes nacionais. Danilo Santos de Miranda foi um criador de cidadania.

A rede do SESC paulista é mais rica e mais complexa do que simplesmente entregar arte. A rede do Sesc, com suas instalações tão variadas quanto o Sesc Interlagos, o Sesc Belenzinho, o Sesc Pinheiros, o Sesc Vila Nova e todos os outros, na Capital e no interior, forma cidadãos. Abre para seus frequentadores as possibilidades infinitas do conhecimento humano, da saúde, das atividades esportivas, do bem-estar psicológico, da cultura e da diversão.   

Este é o legado de Danilo Santos de Miranda, incentivado e patrocinado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo.

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