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E agora, velho Pacaembu?

[Crônica de 2 de junho de 2014]

Com a inauguração do Itaquerão e da Arena Allianz, novo nome do velho Parque Antártica, os três times grande da Capital passam a ter estádios de primeiro mundo, seja lá o que isso quer dizer.

Como as coisas vão funcionar é um mistério, como qualquer outro fato escondido no futuro. O que me preocupa é o que vai acontecer com o Estádio Municipal do Pacaembu, um dos estádios mais simpáticos do mundo, construído aproveitando as duas encostas do vale.

Cada time vai querer levar seu jogo para sua casa. É natural e razoável que seja assim. Por que jogar em qualquer outro lugar, se minha casa está pronta, é moderna e recebe a todos com todo o conforto?

Eu não discuto, mesmo sendo o mais antigo, o Morumbi leva uma enorme vantagem. É o estádio do São Paulo, o único time que tem o direito divino de ganhar sempre, mas que não ganha porque sabe que se usasse seu direito os campeonatos ficariam sem graça e as outras torcidas viveriam tristes, com sérios riscos para pessoas e patrimônios que estivessem em seu caminho.

O Itaquerão recebe a abertura da Copa do Mundo, depois encolhe 20 mil lugares, mas continua uma bela construção.

Da mesma forma o Parque Antártica, rebatizado, será um estádio moderno, uma arena multiuso, capaz de satisfazer o palmeirense mais difícil. E o São Paulo segue sua toada, sem novidades no front.

A pergunta que volta sempre é: E o bom e querido Pacaembu, o que vai acontecer com ele? A resposta é importante inclusive para acalmar quem mora perto e que não sabe como as coisas se darão. Se o futuro a Deus pertence, o sono nosso de cada noite é importante. Sabe lá o que estão tramando. E se virar local para show de roque pauleira?
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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.