Se funcionasse seria melhor ainda
Entre todas as invenções da humanidade, se perguntar para um jovem qual a mais importante, ele vai provavelmente escolher uma destas três alternativas: o Celular, o funk ou a roupa da moda.
Que roda ou fogo ou meio fogo! Bom nesta vida é celular, roupa da moda e funk! O resto tá aí para mostrar que bom mesmo é celular, roupa da moda e funk, não necessariamente nessa ordem.
Tem quem vai dizer que bom é roupa da moda com bastante enfeite para causar “cheguei” e influencer dar show na internet. Tem quem vai dizer que não troca um baile funk por nada neste mundo. Tem quem vai querer chupar picolé, mas ninguém vai dizer que vive sem celular.
O celular chegou com cara de que não era, mas poderia ser. Em menos de dez anos, rasgou a fantasia e entrou de sola, tomando conta do mundo, como os chineses estão fazendo.
Aliás, um dos melhores e mais sofisticados celulares que existem é chinês e um dos mais baratos, dos que prometem funcionar, também é.
O celular hoje é tudo na vida das pessoas. O que ele menos é, é telefone, que foi para o que ele foi desenvolvido para ser. Ninguém mais fala no telefone. As pessoas “textam” para tudo, nos mais diferentes aplicativos, com as mais diversas finalidades, de bater papo a saber os resultados de exames médicos ultrassofisticados.
Esquecer o celular em casa obriga a voltar, tanto faz quanto já se tenha andado. Sem celular, não tem jogo, não tem papo, não tem encontro, não tem desencontro, não tem negócio, não tem nada.
O celular é a alma da festa, o anjo da guarda, o cartão de crédito, a conta bancária, as redes sociais, o caminho e a verdade. Ninguém entra no céu a não ser através dele. Mas se o celular é isso, com todos os perrengues, imagine como seria se ele funcionasse bem…
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