Os mais antigos ofícios
Desde que os primeiros humanos desceram das árvores, três atividades se destacam, presentes em todas as civilizações. Tem gente que vai dizer que não, tem quem vai dizer que estou sendo bonzinho, que o quadro é muito mais grave. Tanto faz. Não estou fazendo um estudo histórico ou antropológico, estou escrevendo uma crônica, na qual exponho fatos incontroversos para a meditação de cada um, a favor e contra.
No princípio, as lutas entre os bandos eram no braço e no dente, até que um indivíduo descobriu que um pedaço de pau bem usado faria toda a diferença. Seu grupo adotou a ideia e se tornou o grupo dominante no pedaço. Daí pra frente, as lutas entre bandos se transformaram em guerras entre civilizações, sociedades e povos, avançando do arco e flecha para a bomba atômica em poucos milhares de anos, o que, em tempo da Terra, não é nada.
Quase tão antiga quanto a guerra, a escravidão é o resultado direto dela. A principal razão das guerras era conquistar territórios e escravizar os inimigos. A regra vale para os habitantes do extremo oriente e para os indígenas americanos, passando por todos os outros povos e civilizações e se estendendo ao longo da história por milhares de anos. A título de reflexão, mais de um milhão de europeus foram escravizados no século 19.
E a terceira atividade é a sexual, que seria descrita, nos dias atuais, como a exploração do corpo para o prazer puro e simples. Todos os continentes, todos os povos, todas as civilizações tiveram e têm o sexo fora da família. São as prostitutas da Bíblia, as concubinas da China e do Japão, as amantes da Europa e as escravizadas na África. Ou as mulheres que os indígenas entregavam aos prisioneiros que seriam executados. E assim caminha a humanidade até os dias de hoje. Pode mais quem chora menos ou quem descobre um jeito novo de se dar bem, mantendo o foco.
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