A galáxia mais distante
Enquanto a China desce uma sonda no lado escuro da lua, o novo telescópio norte-americano descobre uma galáxia que existiu 290 milhões de anos depois do “Big Bang” e é a mais distante da terra encontrada até hoje. Nada que não seja temporário. Com o progresso da ciência e as novas tecnologias desenvolvidas pelo homem, em pouco tempo, uma nova galáxia, mais antiga e mais distante, deve aparecer no mapa do universo, aumentando seus limites e reforçando a certeza na ciência.
Ah! A ciência e seus limites infinitos! As distâncias transpostas, os rios que passam debaixo das pontes, as ondas que quebram nas rochas e deixam gotas gravando segredos nas ranhuras das pedras…
A ciência é a certeza da incerteza revelada e confirmada, até ser derrubada por outra certeza, que vem depois e, com base na certeza anterior, muda tudo e constrói uma nova verdade.
O duro é que, quando Pilatos pediu ao Cristo o que era a verdade, ele não respondeu. Mas a ciência avança, as teorias de Einstein se confirmam, negam a verdade de Newton, desconfiam de outros cientistas, até que elas próprias gerem uma nova certeza que as renegue e abra novos caminhos para o progresso humano. Ou será o retrocesso?
Tem gente que gostaria de viver na idade das trevas, seja lá o que isso signifique. Tem quem gostaria de voltar à Idade Média ou ao antigo Egito, sem se dar conta de que eles tiveram seu momento, mas passou.
Hoje a realidade é outra e se reflete na expectativa de vida. Na sua época, Cristo, aos 33 anos, estava entrando na maturidade.
Na década de 1940, a média de vida do brasileiro mal chegava nos 40 anos. Hoje estamos acima dos 70 e tem países no mundo onde a fronteira beira os 90. Amanhã é outro dia. Ninguém sabe para onde vamos. A única certeza é que vamos.
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