O carnaval passou
O carnaval passou. O Brasil começa a funcionar. Sempre foi assim, mas este ano é diferente. O Brasil não parou de funcionar. A prova é o baixo índice de aprovação do Governo Federal. O Presidente está preocupado. Nunca, neste país, se viu Lula com níveis tão baixos, apesar do oba-oba pelo Brasil a fora.
Dizem os entendidos que Lula não está entendendo o mundo atual, que ele parou no Lula 2 e ainda insiste em dizer que o impeachment de Dilma foi golpe. Ele não está percebendo que as coisas não são mais como eram e que ele não foi eleito porque ele é ele, mas para tirar Bolsonaro.
As urnas deram o recado: o Brasil não é um país de esquerda. O fato de não sermos de extrema-direita não quer dizer que somos de esquerda. Nem Lula, nem Bolsonaro. Aliás, nenhum dos dois tem maioria seja lá para o que for.
É neste cenário que o ano pós carnaval dá as caras e mostra a que veio. Neste momento, a inflação está alta e o mundo assiste estarrecido Trump fazer o que quer, da forma que quer, no grito, ameaçando muito e negociando em seguida.
Para quem acha que os Estados Unidos estão em franca decadência, é bom olhar em volta. Todo mundo quer ficar bem com eles, fazer negócios e se dar bem. Até a Europa, que ele colocou de lado, está com o pires na mão, tentando não irritar o homem.
Aqui, o filme é complicado. A inflação está alta e a inflação dos alimentos mais alta ainda. Todo mundo fala em cortar gastos, mas o Governo faz o contrário, como se fosse o dono da bola. Só que não é. O dono de tudo é o Congresso, que vai levando na maciota, mas sem abrir mão de nada. Entre secos e molhados, é bom ter um telhado em cima porque as tempestades continuarão batendo forte e quem paga a conta somos nós.
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