A distribuidora de energia contratada

Quando parecia que a encarregada da ordem no trânsito poderia sofrer alguma ameaça, confrontada pela distribuidora de energia elétrica, a distribuidora de água entrou em cena, disposta a embaralhar o jogo. 

Ser a mais incompetente não é para qualquer um e a encarregada do trânsito na cidade, com larga experiência e expertise vendida para mais de cem cidades do Brasil, detentora dos prêmios internacionais e nacionais mais importantes na aferição da incompetência administrativa operacional, se orgulha de ser imbatível. Mas, de repente, o céu ficou nublado. Rapidamente, a distribuidora de energia colocou o bloco na rua.

A distribuidora de energia da cidade, em pouco mais de três anos, ganhou musculatura e se impôs como um ônus, um fardo insuportável para os mais de 12 milhões de moradores da Capital, fora o estrago nas outras cidades sob seu jugo.

É inacreditável que a maior cidade do hemisfério sul tenha um serviço com a falta de qualidade oferecida pela distribuidora de energia elétrica. Mas mais inacreditável é as autoridades não fazerem nada para mudar o quadro. Ao contrário, a distribuidora foi convidada a ficar por mais 30 anos.

Quando ninguém imaginava que dava para piorar, a distribuidora de água entrou em cena, disposta a mostrar que sempre dá para piorar. Agora falta água regularmente e as contas são emitidas com valores estratosféricos. O que era ruim ficou pior e quem paga a conta é você.

Mas a distribuidora de energia reagiu. Entrou de sola, com uma nova campanha para apagar partes da cidade. Se antes ela se valia das chuvas e do cinza do céu, agora, para deixar claro que a pior é ela e que não vai entregar o posto, a distribuidora de energia deixa partes da cidade sem luz em noites enluaradas, com estrelas no céu e só uma leve brisa refrescando o calor abissínio. Nessa briga, tenha certeza, quem perde somos nós.     

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