O buraco da camada de ozônio diminui
Recente pesquisa dá conta de que o buraco da camada de ozônio sobre a Antártida diminuiu. A notícia é muito boa e fica melhor ainda quando a diminuição tem como causa ações humanas.
O mesmo ser humano responsável pela emergência climática que sacode o planeta, em incêndios que queimam Los Angeles, Amazônia e Pantanal, não perdoam Grécia, Espanha, Rússia e Portugal, é capaz de ações positivas para restaurar o que ele comprometeu e elas dão certo e a consequência é a redução do buraco em cima da Antártida.
A camada de ozônio foi abalada pelo uso de gases que a foram atacando basicamente ao longo dos anos 1970 e 1980. A reação humana ao ataque não foi imediata, mas foi rápida o suficiente para, 50 anos depois, começar a reverter o quadro, refazendo a proteção da atmosfera, pelo uso de novos materiais neutros em relação a ela.
Os cientistas ficaram impressionados com a resiliência da natureza e a sua capacidade de recuperação, que em meio século reverteu o aumento constante do buraco na camada de ozônio. Agora, em franca recuperação, o buraco começa a diminuir e se o processo se mantiver, em algumas décadas, a camada de ozônio deve voltar aos patamares originais.
A lição que se tira é que, querendo, tudo é possível. Se o ser humano se engajar, verdadeiramente se engajar, na tarefa de reverter os estragos climáticos, isso pode ser conseguido mais rapidamente do que se pensava. A recuperação da camada de ozônio é a prova de que dá, mas que, para dar, é preciso, antes, querer.
É aí que mora o perigo. As causas básicas das mudanças climáticas são conhecidas e tem muito de ação humana nelas. Se todos decidirem fazer a lição de casa, o caso tem solução. O que não dá é dizer que fazem e não fazer. Assim, só vai piorar e aí o inferno é o limite.
___
Siga nosso podcast para receber minhas crônicas diariamente. Disponível nas principais plataformas: Spotify, Google Podcast e outras.