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O buraco da camada de ozônio diminui

Recente pesquisa dá conta de que o buraco da camada de ozônio sobre a Antártida diminuiu. A notícia é muito boa e fica melhor ainda quando a diminuição tem como causa ações humanas. 

O mesmo ser humano responsável pela emergência climática que sacode o planeta, em incêndios que queimam Los Angeles, Amazônia e Pantanal, não perdoam Grécia, Espanha, Rússia e Portugal, é capaz de ações positivas para restaurar o que ele comprometeu e elas dão certo e a consequência é a redução do buraco em cima da Antártida.

A camada de ozônio foi abalada pelo uso de gases que a foram atacando basicamente ao longo dos anos 1970 e 1980. A reação humana ao ataque não foi imediata, mas foi rápida o suficiente para, 50 anos depois, começar a reverter o quadro, refazendo a proteção da atmosfera, pelo uso de novos materiais neutros em relação a ela.

Os cientistas ficaram impressionados com a resiliência da natureza e a sua capacidade de recuperação, que em meio século reverteu o aumento constante do buraco na camada de ozônio. Agora, em franca recuperação, o buraco começa a diminuir e se o processo se mantiver, em algumas décadas, a camada de ozônio deve voltar aos patamares originais.

A lição que se tira é que, querendo, tudo é possível.  Se o ser humano se engajar, verdadeiramente se engajar, na tarefa de reverter os estragos climáticos, isso pode ser conseguido mais rapidamente do que se pensava. A recuperação da camada de ozônio é a prova de que dá, mas que, para dar, é preciso, antes, querer.

É aí que mora o perigo. As causas básicas das mudanças climáticas são conhecidas e tem muito de ação humana nelas. Se todos decidirem fazer a lição de casa, o caso tem solução. O que não dá é dizer que fazem e não fazer. Assim, só vai piorar e aí o inferno é o limite.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.