A CET consegue piorar, sempre
Faz pouco escrevi uma crônica ressaltando a incapacidade da CET ser minimamente competente. Não tem como, e a falta de respeito com a população no episódio da cratera que abriu na Marginal Tietê só reforçou o que a população sempre soube há décadas. Como a CET sumiu das ruas, as pessoas começaram a esquecer dela – a velha máxima de que quem não é visto não é lembrado se impôs, poderosa, no imaginário popular.
Como faz tempo que ninguém vê os heroicos agentes da CET, como os Marronzinhos e seus telefones celulares simplesmente sumiram, as pessoas se esqueceram da CET e que parte importante do caos no trânsito da cidade é culpa de sua ação, ou melhor, falta de ação, em todos os campos envolvendo a administração do trânsito urbano na maior cidade do hemisfério.
Os semáforos não funcionam há tanto tempo que até parece que sempre foi assim, que sua função não é funcionar e auxiliar o fluxo de veículos, promovendo a circulação organizada pelas ruas da cidade, mas piscar ou ficar embandeirado, como se tivessem sido pensados pela Bruxa Má do Oeste para complicar a vida dos milhões de paulistanos que se arrastam e ficam presos no trânsito.
A cratera abriu, a cratera foi fechada, mas ninguém viu um marronzinho tentando ajudar, não no trânsito, mas na redução das mortes causadas diariamente por ele.
Como os noticiários das TV’s mostram regularmente, o número de agentes diminuiu. A CET tem em campo menos marronzinhos do que teve no passado, só que nunca em nenhum momento de nossa história tivemos tantos veículos nas ruas como temos atualmente. É um paradoxo, ou contradição, tanto faz, o fato inelutável é que do jeito que vai piora a cada dia e não há nenhuma placa informando se estamos próximos do fim.
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