Viajar de carro deixou de ser um prazer
Oba, tem feriado prolongado – aliás, esse ano está cheio de feriados prolongados, que festa, que delícia! A quinta feira é pretexto para emendar a sexta feira e se tiver sorte, como aconteceu recentemente, a segunda feira seguinte entra na dança e todo mundo fica sem trabalhar de quinta a terça da semana seguinte. Sem trabalhar e sem ter aula, felicidade é isso, o resto é bobagem, até torcer para algum time que já foi grande e hoje perde de todo mundo.
O problema é sair de São Paulo, entrar numa de nossas maravilhosas rodovias comparáveis as melhores do mundo e depois ficar parado horas fio, num lentíssimo vai em frente que pode fazer uma viagem levar até doze horas, como jaconteceu num feriado recente, com gente que queria ir para o litoral norte. Isso mesmo, em vez das três, no máximo quatro horas regulares, a vigem demorou doze horas e tem quem diga que demorou mais ainda.
Ok, as estradas para o litoral norte não estão entre as melhores do Estado. É verdade, mesmo a nova Tamoios não é comparável a Castelo Branco, Bandeirantes, Anhanguera e outras rodovias que entram interior à dentro, ligando a Capital a cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Itu, Santa Rita do Passa Quatro, Mogi Guaçu e centenas de outras que de um jeito ou de outro em algum momento tem o apoio de rodovias maravilhosas para encurtar as distâncias.
Bom, já foi assim, não é mais. Conversando com amigos que viajam regularmente para o interior, a coisa está tão complicada quanto para o litoral. A verdade é que as rodovias se transformaram em avenidas, com tanto ou mais trânsito do que a 23 de maio no final do dia. E não adianta sair um dia antes e voltar um dia depois. O nó é constante, não tem tempo bom, nem hora melhor. É entregar a alma a Deus porque o corpo já foi.
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