Futebol é coisa séria
Futebol é coisa séria. Tão séria que as crianças de hoje sabem a escalação dos grandes times europeus, mas além do seu time de coração, sabem pouco dos atletas e dos clubes brasileiros.
Elas estão erradas? Não, o futebol brasileiro é triste, feio, sem criatividade. A bola vai para lá e para cá, sem qualquer objetividade, sem qualquer vontade de fazer mais do que o mínimo e mesmo isso, nem sempre acontece, e os times saem de campo vaiados.
É duro para um são-paulino reconhecer, mas, hoje, no Brasil, temos apenas dois times que se destacam: O Flamengo e o Palmeiras. Os outros podem ser colocados num enorme caldeirão, mexidos e jogados fora. Tem muito pouca coisa que se salva.
Sempre foi assim? Não. E é aí que a porca torce o rabo. Justamente por não ter sido sempre assim o brasileiro um pouco mais velho é saudosista e fala sempre de jogadores do passado. Não tem ninguém no universo dos craques atuais, jogando aqui ou no exterior, que se compare aos grandes jogadores que o Brasil deu ao mundo ao longo de meio século em quer nosso futebol fez a diferença e encantou até quem nunca gostou de futebol.
Sem bater na tecla de Pelé, o gênio eleito atleta do século 20, a lista é imensa e traz nomes que alegraram a vida das torcidas e aceleraram discussões sobre qual o melhor entre os melhores.
Hoje, a estrada desce a ladeira sem apresentar muitas opções, não de craques, mas de jogadores um pouco melhores, que se destacam só porque o deserto é imenso e não tem um oásis para refrescar ou matar a sede de bola que vive no peito de cada um de nós, traídos semanalmente pelo futebol sem graça e sem objetividade jogado em nossos estádios, invariavelmente transformados em palcos para shows, muito mais bonitos e rentáveis. O torcedor? O torcedor que se desespere!
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