A CBF de cara nova
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) está de cara nova. O presidente foi afastado, o vice assumiu, convocou eleições para antes do julgamento do presidente afastado e um novo presidente foi eleito, numa votação com chapa única, onde o representante de Roraima foi eleito com toda sua chapa.
20 clubes se abstiveram de votar. Algo inédito na história da CBF, mas que mostra que o desencontro das posições dos donos do futebol nacional pode ir além das mazelas atuais.
O Primeiro discurso do novo presidente foi um pouco na contramão da posição das federações que o elegeram, em detrimento da posição dos clubes, majoritariamente contra sua eleição.
É cedo para julgar. O novo presidente manda no futebol de Roraima, que tem 10 clubes, nenhum na série B e muito menos na série A. Quer dizer, como representação ou proximidade com os grandes clubes ele é o mais fraco, entre os fracos. De outro lado, ele é jovem, tem 41 anos, e sabe que ou a administração do futebol brasileiro muda ou a vaca vai pro brejo.
É preciso dar um voto de confiança e esperar um pouco para separar a realidade do discurso. O novo presidente pode surpreender, apesar de um grupo de jornalistas especializados estar absolutamente cético a respeito de qualquer mudança.
Tem gente que diz que está tudo certo porque pior do que está não fica. Então se ele for bom, maravilha, se ele for ruim, está tudo bem. Só que não é bem assim. Nós já vimos várias vezes, especialmente no campo econômico, que no Brasil tem sempre espaço para o ruim ficar pior e o pior ficar péssimo.
Mas eu sou otimista, então, ele dar certo pode ser uma boa opção. Vamos lá presidente, não faça como o São Paulo, jogue para frente.
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