Monet no MASP

Cada um tem suas preferências e quando elas entram no campo das artes a coisa fica mais complicada. Não tem dois gostos iguais. Numa série de cinco escritores, dificilmente a sequência de dois leitores será a mesma. E a verdade se repete na pintura, na música, no cinema e nas outras artes.

Tem inclusive quem goste e quem não goste de ópera, de jazz, de música country, ou da nossa velha e boa caipira de raiz. É assim porque o ser humano é semelhante, mas não é igual a outro ser humano. Cada um é cada um, dono da sua individualidade e das suas manias. O importante é saber disso e respeitar a individualidade e as manias dos outros. Ninguém é melhor ou pior porque gosta disso e não gosta daquilo.

Para mim, o grande museu da América do Sul é o MASP, o Museu de Arte de São Paulo.  Tem gente que vai discordar, vai preferir a Pinacoteca do Estado, ou o Museu Nacional, ou um museu em Buenos Aires, ou sei lá qual outro. Respeito todas as escolhas, mas fico com o MASP.

Entre os grandes pintores do mundo, para mim, Claude Monet tem um lugar especial. Está entre os maiores gênios de todos os tempos, ao lado de Boticelli, Da Vinci, Michelangelo, Bosch, Goya, Turner e outros do mesmo calibre, entre eles Van Gogh, Renoir e Gauguin. E na lista cabem alguns brasileiros, Calixto, Di Cavalcanti, Portinari, Graciano, Dudu Santos.

Como eu disse, cada um sabe de si e gosto não se discute. E é aí que para mim ficou melhor que bom, ficou ótimo.

O MASP está com uma exposição maravilhosa de 30 e poucos quadros mostrando o Monet ecológico. Meu amigo Fabio Ulhoa me convidou para visitá-la, eu fui e não me arrependi. A exposição é deslumbrante, e pelo menos seis ou sete quadros são ainda mais maravilhosos. São daqueles de se ficar um tempão olhando.

Não deixe de ir. Monet no MASP vale até o trânsito ruim da cidade.

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