Acidente na Avenida Rebouças

Eu estava indo para o Sindicato das Seguradoras e seguia pela Avenida Rebouças, que não é famosa pelo trânsito bom, nem pela educação dos motoqueiros. Mas o Waze dizia que era por ali que em 20 minutos eu chegaria e como era sexta feira de manhã, acreditei e toquei em frente.

O começo foi um sucesso, enquanto estava na Euzébio Mattoso, foi que foi, quando virou Rebouças as onças saíram para beber água.

De repente, logo depois da Avenida Brasil, parou tudo. Os primeiros 5 minutos não assustaram ninguém, afinal a Rebouças parar faz parte da cena, então ninguém ficou preocupado, além disso o Waze seguia dizendo que em menos de 20 minutos eu chegaria no Sindicato.

Não foi bem assim. Passaram dez minutos e continuou tudo parado. O Waze informou nova contagem de tempo, havia um acréscimo de 10 minutos, depois mais 10. Comecei a ficar preocupado. Aí veio a pá de cal. O Waze informou que havia um acidente a frente.

Pelo jeito, um motoqueiro caiu, se feriu e ficou estendido na pista. A avenida foi fechada, o trânsito não tinha por onde fluir e o congestionamento que se formou deve ter impactado o trânsito da cidade durante o dia inteiro.

A avenida literalmente parou, só uma hora depois eu consegui escapar pela Rua Chabad e fugir pela Mello Alves e por dentro dos Jardins, subir a Bela Cintra, entrar na Santos e chegar no meu destino.

Não acompanhei o resto do drama, mas o que ficou claro é que São Paulo é refém de avenidas como a Rebouças, onde um acidente com alguma gravidade para o trânsito da cidade por mais de uma hora.

As consequências são dramáticas. A onda segue no sentido inverso do acidente e vai parando as ruas, afetando os cruzamentos, crescendo o nó, dificultando qualquer forma de fuga. Não há o que fazer a não ser entregar a alma a Deus. O corpo este já foi.

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