A COP 30 chegou
Depois de muito vai, não vai, discussão de todos os calibres e faz de conta que vai dar certo, a COP 30 chegou. Vamos que vamos, “chuta de bico que o jogo é de taça. Comigo ou sem migo, o professor mandou e nós acabemos fondo”.
Agora, a bola está no campo e o campo é Belém do Pará, com todas as suas deficiências, falta de infraestrutura, preços absurdos e a não participação efetiva do principal jogador.
O resto… vai acontecer muita coisa e não vai acontecer muita coisa, mas a espuma levantada vai dar espaço para discussões, posições, manifestos, protestos e apoios de todos os lados, mesmo que sejam da boca para fora, ou não.
Com certeza, grupos de pressão farão pressão, com pajelanças, marchas, danças, procissões, santo enfeitado e uma série de ações para chamar a atenção para a exploração de petróleo na Margem Amazônica, tanto faz se setentrional, ou meridional. “Tem petróleo eu sou contra, mesmo com o resto do mundo explorando petróleo”.
Precisa esfriar o planeta. Isso todo mundo sabe, o que ninguém sabe é como e quando fazer isso. Essa é a grande chance do Brasil assumir um papel de protagonista. Afinal, se existe uma terra em que a soma das soluções é positiva é a nossa.
Vamos viver duas semanas de muita gritaria, muita discussão, muita ideia boa e soluções fantásticas para problemas que não podem mais ser adiados.
Entre secos e molhados, a COP30 tem que deixar um legado e esse legado precisa ser bom. Do jeito que as coisas vão, vão mal, e quem paga o preço somos nós. É hora de descer do tamanco e chutar de bico.
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