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Os árbitros brasileiros

Ninguém discute, o futebol brasileiro está no fundo da lata do lixo. A prova internacional é que não tem nenhum jogador brasileiro na lista dos melhores do mundo, eleitos pelos próprios jogadores.

A prova nacional é o que acontece em campo, nos jogos mais pobres e nos mais ricos. Poucos jogadores encantam, e a mazela desce a ladeira na toada das carroças desgovernadas que vinham morro abaixo, arrastando os burros presos nelas.

O que a CBF fez com a seleção é uma vergonha. Agora, Ancelotti tenta arrumar a casa, mas é difícil, é difícil. Falta talento, competência e vontade de jogar futebol.

O que pouca gente tem comentado é a atuação dos árbitros que apitam boa parte dos jogos, alguns inclusive árbitros da FIFA. Não dá nem para usar o velho chavão de “juiz ladrão”. O que acontece nos jogos mostra que eles não são ladrões, são incompetentes. Eles erram para os dois lados e comprometem o resultado das partidas com a simplicidade dos inocentes que tacam fogo no pasto e não sabem o que estão fazendo.

O trágico é que o tal de VAR que deveria colocar ordem na casa é pior do que os árbitros em campo. A bagunça que eles fazem e as explicações que dão mostra que estão completamente perdidos e que entendem muito pouco do jogo chamado futebol.

Enquanto a CBF prestigiar os maus árbitros que imperam nos campos o futebol brasileiro tem muita pouca chance de melhorar. De outro lado, os clubes que se fazem de heróis prejudicados, são tão culpados quanto a CBF e os árbitros. A falta de vergonha na cara e os interesses menores que movem os clubes é vergonhosa. Entre secos e molhados, o futebol nacional vai levar muito tempo para voltar a ser uma sombra do que já foi. E não adianta tentar tapar o sol com a peneira. A coisa tá ruim memo.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.