Quem precisa de garagem?
Elas não estão mais presentes em grande parte dos novos imóveis
O que no passado era um fator decisivo no momento de escolha de um imóvel, hoje ela está perdendo a sua importância. Estou falando da garagem, aliás, das garagens, pois em um tempo não muito distante, no mínimo era preciso ter uma e dependendo do número de filhos, esta necessidade aumentava. Afinal, cada um tinha ou queria ter o seu carro e imóvel que não tinha garagem era considerado um mico. Este tempo ficou para trás e as estatísticas mostram como este cenário mudou na cidade de São Paulo.
Imóvel sem garagem? Nem pensar!. Era assim que definíamos a casa ou o apartamentos que iríamos morar, fosse ele próprio ou alugado. A garagem tinha tanto peso na escolha que, como dito anteriormente, os que não tinham eram literalmente considerados “imóveis micados”. Mas, como as coisas mudam e as pessoas passam a ter outros valores, o que temos visto em São Paulo é uma expansão considerável de lançamentos de imóveis sem garagem.
Há quem atribua este fenômeno à mobilidade alternativa e ao desinteresse das pessoas em terem o próprio carro. E o mercado imobiliário percebeu que alguma coisa mudou. Tanto que somente no ano passado, quatro em cada dez unidades lançadas na capital paulista não tinham garagem. E em um período de apenas quatro anos, o percentual impressiona: cresceu em 265% o número de novos imóveis postos à venda sem estacionamento, segundo o Secovi-SP.
E não somente em relação às garagens, mas se olharmos um pouco para o passado, perceberemos que mudou também o perfil de busca por moradias. Há quem se lembre que casas de vila eram consideradas populares, morar em uma delas era sinônimo de fazer parte de uma família de baixa renda. Hoje, elas são objeto de desejo para muitos, como há também pessoas que preferem viver em espaços menores, com ou sem garagem.
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