Buracos que não têm fim
Tapa um, surge outro. E as concessionárias de serviços também contribuem para danificar o asfalto
Andar pelas ruas da cidade de São Paulo pode se transformar em um verdadeiro rali, quando os motoristas precisam desviar de buracos e até crateras que se abriram no asfalto. Muitas vezes isso não é possível sem uma freada brusca e é rezar para que nenhum componente do seu carro tenha sido danificado, o que pode acontecer em uma situação como esta. É comum culparmos a Prefeitura Municipal pela falta de manutenção, mas há também as concessionárias de serviços que fazem verdadeiras remendas no asfalto.
Não é de hoje que as ruas de São Paulo, seja em qual bairro for, apresentam problemas. São milhares de buracos. E para se ter uma ideia, somente por reclamações de nós, cidadãos, a Prefeitura Municipal mapeou em abril deste ano 38 mil buracos, com a promessa de resolvê-los em um prazo de 40 dias, porém, ainda há muito a fazer. Fora os inúmeros que não constam nos cadastros de reclamações, que com certeza são muitos.
Por outro lado, na expansão ou manutenção de seus serviços, as concessionárias, como a de gás encanado e de água e esgoto, quebram o asfalto e deixam por lá tapa-buracos mal feitos ou desníveis que, da mesma forma que os buracos, comprometem a segurança de quem trafega por essas vias. E o que se vê na cidade de São Paulo é cada vez mais ruas com asfaltos remendados e que não raramente voltam a apresentar problemas.
Além disso, outro ponto importante está na qualidade do asfalto, o que sabemos que no Brasil não é lá essas coisas. Ele tem durabilidade e, portanto, não basta obras pontuais de recapeamento, mas é preciso ter manutenção. Há também especialistas que dizem que o asfalto usado, principalmente na região Sudeste, não suporta uma temperatura maior do que 50 graus e em muitas das cidades a temperatura do asfalto ultrapassa 75 graus. Não há como resistir e novos buracos virão.
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