O ar que respiramos
E ele está melhor na Região Metropolitana de São Paulo
Muitos podem estranhar, mas a qualidade do ar da Região Metropolitana de São Paulo está melhor, e isso considerando a expansão do número de veículos nas últimas duas décadas e a suspensão da Inspeção Ambiental Veicular na capital paulista, que durou seis anos, e não saiu mais do papel. Apenas por estes dois motivos, já era de duvidar que a qualidade do ar estaria melhor. Mas sim, ela está, e quem comprova é a Cetesb.
Pelos dados do Detran-SP, em apenas duas décadas, de 1997 a 2017, a frota da capital paulista cresceu 82%, superando a marca de 8,6 milhões de veículos. Um número surpreendente e mais ainda se considerarmos que incluindo toda a frota da RMSP, este número chega a mais de 12,9 milhões de veículos. E todos nós sabemos que junto com as indústrias, eles são um dos principais causadores da poluição do ar que respiramos.
Mesmo com o crescimento da frota, a boa notícia é que a qualidade do ar melhorou. A partir da mediação dos níveis dos poluentes atmosféricos, o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de enxofre (SO2), pelo relatório “Qualidade do Ar no Estado de São Paulo-2018”, produzido pela Cetesb, desde 2008 não ocorre ultrapassagem do padrão de qualidade do ar, no caso do monóxido de carbono na RMSP. E no caso do dióxido de enxofre, a região teve um dos índices mais baixos da década.
Uma das explicações talvez seja porque as pessoas estão deixando mais o carro em casa, utilizando mais o transporte alternativo, como o Uber. Outra pode ser porque a frota em algumas localidades da região é mais nova, portanto, ela polui menos. Mas ainda há um longo caminho a percorrer, já que não é raro notarmos aquela névoa amarelada que se forma no céu, típica de poluição atmosférica, principalmente nos dias de céu azul e em períodos de escassez de chuva, como é agora no inverno.
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