Mobilidade que se transforma
Novas tendências são observadas na Região Metropolitana de São Paulo, mas a predominância ainda é do automóvel
A cada dez anos, o Metrô de São Paulo realiza a Pesquisa Origem Destino (OD), que mostra um retrato da mobilidade urbana na Região Metropolitana de São Paulo. Na última edição, chama a atenção o aumento surpreendente dos deslocamentos feitos pelos chamados táxis não convencionais, o que se traduz nos motoristas de aplicativos, e por mais que novas formas de mobilidade tenham chegado, ainda é grande a participação dos automóveis nas ruas.
Em toda a Região Metropolitana de São Paulo, a pesquisa constatou que no ano de 2017 foram realizadas 11,3 milhões de viagens diárias de carro. Para se ter uma ideia, no mesmo período, os deslocamentos por transporte público, incluindo ônibus, metrô e trens, totalizaram 15 milhões de viagens/dia. Proporcionalmente é muito pouco, o que mostra que ainda há muito a melhorar para que cada vez mais as pessoas deixem seus carros em casa.
Por outro lado, uma tendência é o crescimento significativo da procura pelos motoristas de aplicativos ou taxistas não convencionais. Em um período de dez anos, o aumento foi de 414% e eles já respondem por 76% do total das viagens feitas por táxis. Eles vieram para ficar!. A pesquisa também mostrou que nas chamadas viagens não motorizadas, a preferência é por ir à pé, com 31% do total, enquanto o uso de bicicletas respondem por apenas 0,9%.
E apesar da pouca participação em termos de mobilidade, o que temos visto em São Paulo é a expansão do uso de patinetes, bicicletas e scooters elétricos, que fazem parte do conceito de micromobilidade, por serem utilizados para curtas distâncias. Em alguns países do mundo já existem espaços próprios para eles, de forma que todos convivam em harmonia. Por aqui, ainda se vê muitos andando na contramão ou nas calçadas. Temos um longo caminho para chegarmos à mobilidade urbana sustentável.
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