Sob medida
Os bons tempos da alfaiataria, que teve seu auge entre as décadas de 1950 e 1980
Nos anos de 1960, as ruas do centro da cidade de São Paulo concentravam dezenas de alfaiatarias, um ofício considerado uma arte na execução de ternos e camisas sob medida. Até a década de 1980, ter um terno ou costume bem cortado só era possível tendo um alfaiate. Posteriormente, surgiram as lojas especializadas, várias marcas entraram no país e essa profissão quase caiu no esquecimento. Mas, no dia 6 de setembro é comemorado o Dia do Alfaiate, com muitas histórias para contar.
Sinônimo de elegância, o ofício de trabalhar com roupas exclusivas era uma arte no período do Renascimento, entre os séculos 14 e 17. E foi no século seguinte que a alfaiataria ganhou destaque, os homens passaram a se vestir de forma mais sofisticada, e Luís XIV, rei da França, impulsionou este movimento ao valorizar a moda.
No Brasil, a alfaiataria chegou com a corte portuguesa. E tamanha era a quantidade de alfaiates, que um dos maiores movimentos emancipacionista da história do nosso país foi a Conjuração Baiana, em 1798, que ficou popularmente conhecida como a Revolta dos Alfaiates, justamente pelo grande número de participantes desta categoria no movimento.
Os anos se passaram e a profissão de alfaiate foi ganhando cada vez mais destaque no país. Em um passado não muito distante, era comum vermos nas ruas da cidade homens elegantemente vestidos com seus chapéus e ternos. O auge deste ofício foi da década de 1950 até a de 1980, quando o traje passeio completo deu lugar a roupas mais casuais.
E foi assim que a alfaiataria passou a ser reservada para ocasiões mais formais ou para quem ainda preza por roupas exclusivas. Poucos se mantiveram nesta profissão e alguns estilistas são chamados atualmente de alfaiates. Mas fato é que uma roupa confeccionada por um alfaiate faz toda a diferença. Como eu disse anteriormente, é sinônimo de elegância.
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