A hora e a vez dos foliões
Na criatividade das fantasias e nos blocos de rua
Até o Carnaval, de sexta-feira a domingo, bairros de São Paulo se tornam palco dos foliões que com toda a animação acompanham os blocos de rua. A cidade tem neste ano 865 blocos inscritos, um número 37% superior ao registrado em 2019, muitos deles com os nomes mais inusitados possíveis, atraindo verdadeiras multidões. Há para todos os gostos e opções não faltam. Somente no ano passado cerca de 9 milhões de foliões participaram dos blocos e este ano promete muito mais.
Há mais de um século, mais precisamente em 1914, o primeiro bloco de rua de São Paulo foi criado, o “Cordão da Barra Funda”. De lá para cá, ele inspirou centenas de outros e o que se vê na cidade nos finais de semana que antecedem e logo após o Carnaval é um clima total de festa. Criatividade não falta na composição dos blocos, a começar pelos nomes, como Frevo Mulher, Gambiarra, Beleza Rara, Bicho Maluco Beleza, Sargento Pimenta, A Madonna Tá Aqui, Sereianos e Pop Como Te Gusta, apenas para citar alguns deles.
Neste ano, uma das novidades é a apresentação do Galo da Madrugada, no dia 25 de fevereiro, em plena terça-feira de Carnaval. Famoso bloco de Recife, ele se destaca pela grande produção de figurinos e o Galináceo, símbolo do bloco que arrasta multidões por onde passa e que por aqui não deverá ser diferente. Aliás, os megablocos chegam a reunir de 20 mil a 100 mil pessoas nas ruas de São Paulo.
Concentrados nas principais avenidas do centro e das zonas sul e oeste, a animação dos blocos vem acompanhada pela irreverência das fantasias e maquiagens. Os foliões não poupam a criatividade. Aliás, as fantasias surgiram bem antes dos blocos de rua, a partir de 1870, como uma forma dos foliões tornarem o Carnaval mais divertido. Eles acertaram em cheio! Ela é o que faz toda a diferença e torna esta festa tão popular um momento de pura alegria.
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