O que pensam os brasileiros sobre a ciência
Antes e durante a pandemia, em uma pesquisa feita globalmente
A 3M divulgou recentemente os resultados da terceira edição do Índice Anual do Estado da Ciência (State of Science Index – SOSI). Conduzida pela Ipsos, a pesquisa é global e tem como objetivo mostrar a percepção da população em relação à ciência. Feita em duas etapas, a primeira em 14 países, no período agosto a outubro de 2019, e a segunda em 11 países, entre julho e agosto deste ano, um dos pontos altos da pesquisa é a mudança de percepção dos brasileiros durante a pandemia. Do Brasil, foram mil participantes.
Pela primeira vez em três edições, o ceticismo dos brasileiros em relação à ciência diminuiu 9 pontos percentuais em relação à pesquisa de 2019 (de 42% para 33%). E devido à covid-19, quase todos os brasileiros estão mais propensos a concordar que a ciência desempenha um papel crítico na resolução das crises de saúde pública (86% do total) e 88% acreditam que a ciência tornará suas vidas melhores nos próximos 10 anos.
Por outro lado, pouco mais da metade (54%) pensa em ciência em sua vida cotidiana e somente 32% dos entrevistados acreditam que se a ciência não existisse, sua vida cotidiana não seria tão diferente. Quando questionados sobre a importância da ciência para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, apenas 35% dos brasileiros acreditam que sim, enquanto globalmente essa percepção é maior, respondida por 51% dos entrevistados.
A pesquisa também mostrou que antes da pandemia, 51% dos brasileiros queriam que a ciência resolvesse também questões ambientais como qualidade do ar e a poluição por plásticos nos oceanos. Com a pandemia, 34% disseram que também as empresas podem garantir um futuro sustentável reduzindo a quantidade de plástico usado em produtos e para 30%, usando materiais reciclados e renováveis em produtos.
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