Retomada do turismo
Poupança de viagem acumulada durante a pandemia pode retomar os empregos do setor no Estado de São Paulo
O setor de turismo foi um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus e em São Paulo não foi diferente. Responsável por mais de 10% do PIB paulista, somente na capital o turismo respondeu por mais de 50 mil empregos no ano passado, o que correspondeu a 16,5% do total gerado pelo setor no Estado de São Paulo. Com o isolamento social e o fechamento dos estabelecimentos, o setor amargou quedas drásticas. A boa notícia é que ele caminha para a retomada.
O primeiro ponto é que especialistas do setor preveem que a retomada do turismo acontecerá em três fases. Na primeira delas, as pessoas utilizarão o transporte individual e darão preferência aos destinos próximos às suas cidades de origem. Na segunda, as viagens domésticas e, em um terceiro momento, viagens internacionais e o turismo de eventos. Nesse cenário, a poupança de viagem acumulada durante a pandemia pela população do Estado de São Paulo pode beneficiar o próprio Estado.
Segundo um estudo conduzido pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), o montante chega a R$ 13,1 bilhões, o que também poderia recuperar os empregos perdidos desde o início da pandemia (138 mil), até novembro de 2021. Na distribuição ao longo dos próximos meses, seriam 71 mil empregos retomados até o final deste ano.
O estudo também prevê, naturalmente, queda no número de turistas em todo o Estado de São Paulo. De 46,3 milhões antes da pandemia, para 29,5 milhões, e também na movimentação financeira, de R$ 43 bilhões para R$ 26,1 bilhões. A capital paulista continuará sendo o principal destino, mas com uma participação menor em relação a todo o Estado: de 31,6% em 2019 para 26,2%, neste ano, devendo receber 13,9 milhões de visitantes.
E pelas previsões do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), Baixada Santista, Campinas/Circuito das Águas e Vale do Paraíba/Mantiqueira/Litoral Norte, são as três regiões que deverão se recuperar mais rapidamente.
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