Contas digitais avançam no país

Alternativa aos bancos tradicionais, o movimento tem contribuído para reduzir a desbancarização

A tecnologia proporcionou tantas inovações em pouco tempo. Uma delas é a conta digital, impulsionada também pela pandemia. Segundo estudo feito pela Akamai Technologies, encomendado à Cantarino Brasileiro, em 2020, 43% dos entrevistados tinham conta em bancos digitais, mais do que o dobro em 2020 (18%), ao todo, participaram mais de mil correntistas de diversos bancos brasileiros. Outro levantamento, do UBS Evidence Lab, mostra que o Brasil tem cerca de 60 milhões de contas digitais o que tem contribuído, inclusive, para reduzir a população desbancarizadas do país.

Pelos dados do estudo “Aceleração da inclusão financeira durante a pandemia da covid-19”, realizado pela Americas Market Intelligence em parceria com a Mastercard, entre maio e setembro do ano passado, diminuiu em 73% o número de brasileiros desbancarizados. Para se ter uma ideia, em 2019, cerca de 45 milhões de brasileiros não possuíam conta bancária; uma em cada três pessoas acima dos 16 anos no país, pela pesquisa do Instituto Locomotiva.

Mas não foram somente os bancos digitais que contribuíram para reduzir a desbancarização no país, o auxílio emergencial fez parte desse processo, pois para receber o benefício era preciso ter acesso ao sistema bancário. Fato é que os bancos digitais vieram para ficar e, curiosamente, a autorização do Banco Central, em 2016, para a abertura e o encerramento de contas de forma totalmente digital foi a grande impulsionadora desse movimento.

Entre os motivos que atraem os brasileiros para a abertura de contas digitais, o principal deles são as tarifas, seguido pela mobilidade ou a capacidade de acessar serviços em qualquer lugar. E ainda espaço para crescer: 39% dos brasileiros não usam serviços financeiros ofertados por empresas de fora do setor e 7% não consideram essa alternativa. Dados que também fazem parte do estudo acima citado da Akamai Technologies.

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