em Da Cidade
O delivery veio para ficar
O comércio se reinventa tendo como aliado a tecnologia
Para driblar a crise imposta pelo novo coronavírus, restaurantes, lanchonetes, padarias e mercados tiveram que se reinventar. Segundo uma pesquisa encomendada pela VR Benefícios ao Instituto Locomotiva, 81% desses estabelecimentos comerciais no Brasil passaram a fazer delivery durante a quarentena e vão manter esta modalidade terminada a pandemia. Antes, somente 49% dos restaurantes, lanchonetes, padarias e mercados faziam entregas em domicílio.
E a grande aliada foi a tecnologia. Para garantir as entregas em domicílio, comerciantes vão apostar no uso do telefone (71%) e do WhatsApp (63%), superando as vendas pelos aplicativos de entrega (39%). O prato principal é o serviço à la carte, que passou de 43% para 54% nesta pandemia. Em contrapartida, o self-service era oferecido por 59% dos restaurantes antes da crise sanitária, já, agora, somente 42% deles servem refeições desta forma.
A pesquisa mostra também que 47% desses estabelecimentos adotaram novos canais de venda a partir da pandemia, como forma de sobrevivência. O comércio pelo telefone foi o principal, com 71% de adesão por parte dos comerciantes, seguido pelo WhatsApp (63%), o e-commerce próprio (51%), as vendas online (42%) e os aplicativos de entrega (39%).
E a pandemia acelerou também a implementação de meios de pagamento sem contato entre os estabelecimentos comerciais. As formas mais utilizadas são: aproximação de celular (83%), QR Code (69%), aplicativos no celular, como Google Pay ou Apple Pay (32%) e envio de link por pagamento (18%).
Mas, infelizmente, o delivery não foi a salvação para muitos. Somente no Estado de São Paulo, pelas contas da Abrasel-SP, 30% dos bares e restaurantes fecharam as portas. O que significa milhares de empreendedores que tiveram seu sonho interrompido e milhares de empregos perdidos.
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Antonio Penteado Mendonça
Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.